O vereador eleito pelo PL em Caucaia, Tancredo dos Santos, utilizou as redes sociais para lançar uma ameaça pública contra filiados do partido que decidiram apoiar a candidatura de Waldemir Catanho (PT) no segundo turno das eleições municipais. No texto, Tancredo se refere a esses membros como "falsos patriotas que fizeram o L", demonstrando insatisfação com aqueles que, apesar de terem participado ativamente da campanha do Coronel Aginaldo (PL) no primeiro turno, optaram por se aliar ao grupo petista após a derrota do candidato.
A declaração foi feita logo após o presidente municipal do PL, Paulo Batisti, anunciar apoio à candidatura de Catanho. Além de Batisti, alguns candidatos a vereador do PL também decidiram seguir com o PT no segundo turno, movimento que provocou revolta em setores mais extremista do PL.
Tancredo prometeu solicitar a expulsão desses filiados, argumentando que, ao apoiarem o PT, estariam traindo os princípios do partido.
A situação levanta questões sobre a real aplicação do slogan "Deus, Pátria, Família e Liberdade" dentro do PL, especialmente no que diz respeito à "liberdade" dos membros que optaram por não seguir a mesma linha de alianças adotada por Aginaldo, que também criticou Naumi Amorim (PSD) durante o primeiro turno, mas acabou apoiando o ex-prefeito no segundo turno. Será que a liberdade proclamada pelo partido se estende a todos, ou está sendo negada àqueles que decidiram buscar outros caminhos?
A divisão interna do PL em Caucaia reflete o desconforto de uma parte do partido com a aliança entre Aginaldo e Naumi, levando alguns a seguir o candidato petista. A resposta de Tancredo coloca em dúvida até que ponto o partido permitirá que seus membros exerçam sua liberdade política, sem enfrentar retaliações ou expulsões.
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