Apesar de o Partido Liberal (PL) usar o slogan "Deus, Pátria, Família e Liberdade" em suas campanhas, a prática de defender a liberdade parece ter se tornado um mero discurso publicitário. Recentemente, o deputado federal Júnior Mano foi ameaçado de expulsão do partido após declarar apoio à candidatura de Evandro Leitão (PT) no segundo turno das eleições em Fortaleza, onde Leitão enfrenta André Fernandes, candidato do próprio PL.
Em Caucaia, um caso semelhante ocorreu quando o vice-presidente do PL local, Paulo Batisti, manifestou apoio ao candidato petista Waldemir Catanho. A reação veio rápida: o vereador eleito Tancredo Santos (PL) afirmou que irá solicitar a expulsão de Batisti da sigla.
Esses episódios evidenciam uma contradição no discurso do partido que, durante a campanha do primeiro turno, manteve alianças com o PT em 85 cidades do Brasil. A postura rígida em relação à liberdade de escolha de seus membros levanta questionamentos sobre a verdadeira aplicação do princípio de liberdade defendido pela legenda. Seria uma questão de perseguição política? Insegurança diante das alianças? Seja qual for a razão, o ideal de liberdade, amplamente pregado pelo PL, parece estar sendo deixado de lado.
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